Os idosos
estão chegando: a questão do idoso no Brasil
por Thays Marcella Santiago Santiago.
Avanços da Medicina. Melhor qualidade de vida.
Estes são alguns dos fatores que permitiram o aumento da expectativa de vida no
Brasil nas últimas décadas, o que, aliado à diminuição do índice de
fecundidade, demonstra que a população está envelhecendo. Tal fenômeno,
resultado de inúmeros esforços para aumentar a longevidade, poderá ser visto
como um problema social – em uma sociedade totalmente despreparada para o
avanço da população idosa.
No Brasil, a expectativa de vida cresceu de 62
anos, em 1980, para 75, em 2015, e a estimativa segundo pesquisa recente do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de que estará próxima
aos 80 anos em 2030. Segundo a teoria demográfica de Warren Thompson, o Brasil
está iniciando a penúltima fase da transição demográfica, na qual os índices de
mortalidade decaem e em seguida os de natalidade e fecundidade, resultando em
um posterior envelhecimento da população, fenômeno atestado pelo Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em pesquisa recentemente divulgada.
Condicionalmente ao fato, a sociedade deve se preparar para receber tais
mudanças, pois o aumento da população idosa requer medidas e cuidados
específicos – que na atualidade não existem no Brasil.
O Estatuto do Idoso, lei 10.741/03, e a Política
Nacional do Idoso, lei 8842/94, são medidas normativas que determinam que a
atenção aos idosos é responsabilidade da família, do Estado e da sociedade como
um todo. Trata-se de encontrar a melhor maneira de auxiliar o idoso, garantindo
seus direitos civis aliado ao implemento de políticas públicas como é
determinado na lei, visando preservar sua dignidade e assegurar-lhes um
envelhecimento saudável. Necessitam medidas a garantir-lhes acesso aos serviços
médicos especializados, bem como à informação sobre o que lhes é garantido pelo
Estado.
Reformas no regime previdenciário. Qualificação dos
profissionais de saúde acompanhantes de idosos. Reforço ao atendimento médico
preventivo. Estas são algumas das medidas que devem ser implantadas ou
fortalecidas no Brasil nas próximas décadas, com o propósito de preparar o país
para o aumento da população idosa. Todavia exemplos como o do Japão e
demonstram os passos que o Brasil pode seguir, aliando o binômio família e
Estado, pois a família é a unidade mais importante para um envelhecimento
saudável, cercado de afeto e respeito o idoso tem maior qualidade de vida,
aliado às políticas públicas de inserção do idoso na sociedade, valorizando seu
patrimônio imaterial.
Dessa forma faz-se necessário que a sociedade se
mobilize para exigir e fiscalizar que as medidas necessárias para que o
envelhecimento da população não seja um problema para o Brasil, mas o fruto
positivo de uma melhor qualidade de vida, de maneira que o Estado promova as
políticas públicas necessárias e que a população faça valer cada medida
normativa registrada no Estatuto do Idoso, bem como sejam realizadas campanhas
de cunho social para que o idoso se sinta parte valorizada e integrante da
sociedade. Por fim vale ressaltar que medidas locais como os Centros de
Convivência de Idosos têm papel fundamental na inserção do idoso na sociedade,
promovendo sua integração com atividades de lazer, esporte e cultura, bem como
oferecendo um espaço para cursos e atividades culturais, iniciativas que devem
ser valorizadas e servir como modelo de integração do idoso: como indivíduo e
cidadão.
Referencia: Projeto Redação
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