18 novembro, 2016

Os idosos no Brasil

Os idosos estão chegando: a questão do idoso no Brasil
por Thays Marcella Santiago Santiago.


Avanços da Medicina. Melhor qualidade de vida. Estes são alguns dos fatores que permitiram o aumento da expectativa de vida no Brasil nas últimas décadas, o que, aliado à diminuição do índice de fecundidade, demonstra que a população está envelhecendo. Tal fenômeno, resultado de inúmeros esforços para aumentar a longevidade, poderá ser visto como um problema social – em uma sociedade totalmente despreparada para o avanço da população idosa.

No Brasil, a expectativa de vida cresceu de 62 anos, em 1980, para 75, em 2015, e a estimativa segundo pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de que estará próxima aos 80 anos em 2030. Segundo a teoria demográfica de Warren Thompson, o Brasil está iniciando a penúltima fase da transição demográfica, na qual os índices de mortalidade decaem e em seguida os de natalidade e fecundidade, resultando em um posterior envelhecimento da população, fenômeno atestado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em pesquisa recentemente divulgada. Condicionalmente ao fato, a sociedade deve se preparar para receber tais mudanças, pois o aumento da população idosa requer medidas e cuidados específicos – que na atualidade não existem no Brasil.

O Estatuto do Idoso, lei 10.741/03, e a Política Nacional do Idoso, lei 8842/94, são medidas normativas que determinam que a atenção aos idosos é responsabilidade da família, do Estado e da sociedade como um todo. Trata-se de encontrar a melhor maneira de auxiliar o idoso, garantindo seus direitos civis aliado ao implemento de políticas públicas como é determinado na lei, visando preservar sua dignidade e assegurar-lhes um envelhecimento saudável. Necessitam medidas a garantir-lhes acesso aos serviços médicos especializados, bem como à informação sobre o que lhes é garantido pelo Estado.

Reformas no regime previdenciário. Qualificação dos profissionais de saúde acompanhantes de idosos. Reforço ao atendimento médico preventivo. Estas são algumas das medidas que devem ser implantadas ou fortalecidas no Brasil nas próximas décadas, com o propósito de preparar o país para o aumento da população idosa. Todavia exemplos como o do Japão e demonstram os passos que o Brasil pode seguir, aliando o binômio família e Estado, pois a família é a unidade mais importante para um envelhecimento saudável, cercado de afeto e respeito o idoso tem maior qualidade de vida, aliado às políticas públicas de inserção do idoso na sociedade, valorizando seu patrimônio imaterial.

Dessa forma faz-se necessário que a sociedade se mobilize para exigir e fiscalizar que as medidas necessárias para que o envelhecimento da população não seja um problema para o Brasil, mas o fruto positivo de uma melhor qualidade de vida, de maneira que o Estado promova as políticas públicas necessárias e que a população faça valer cada medida normativa registrada no Estatuto do Idoso, bem como sejam realizadas campanhas de cunho social para que o idoso se sinta parte valorizada e integrante da sociedade. Por fim vale ressaltar que medidas locais como os Centros de Convivência de Idosos têm papel fundamental na inserção do idoso na sociedade, promovendo sua integração com atividades de lazer, esporte e cultura, bem como oferecendo um espaço para cursos e atividades culturais, iniciativas que devem ser valorizadas e servir como modelo de integração do idoso: como indivíduo e cidadão.


Referencia: Projeto Redação 

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